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Mostrando postagens de dezembro, 2016

REFERÊNCIAS (100 anos do CLG)

Antropologia Estrutural. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_estrutural>. Acesso em: 05 dez 2016. COMPAGNON, A. O Mundo. In: ______. O demônio da teoria: literatura e o senso comum. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001. p. 97-137. CRUZ, M. A. Por que (não) ler o Curso de linguística geral depois de um século?. In: FARACO, Carlos Alberto (Org.). O efeito Saussure: cem anos do Curso de Linguística Geral. São Paulo: Parábola Editorial, 2016. p. 25-48. EAGLETON, T. Teoria da Literatura: uma introdução. Tradução de Waltensir Dutra. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. FARACO, C. A. O efeito Saussure: cem anos do Curso de Linguística Geral. São Paulo: Parábola Editorial, 2016. HUBBARD, Edward A. Structural anthropological in context: A brief paper. In: Anthro 1795: language and politics in Latin America. Cambridge: Spring, 2006-2007. LIMA, L. C. O. Estruturalismo. In: ______. Teorias da Literatura em suas fontes. Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora S.A., 1975

NAS TEORIAS SOBRE TRADUÇÃO

Hilário Zeferino Laércio Morais Com a fundamentação da linguística, houve uma colaboração indireta para teorias relacionadas à tradução. O objeto de estudo da linguística estruturalista, langue, é proposto por Saussure (1916) como o produto social depositado no cérebro de cada um. O conceito de língua é o pressuposto mínimo para a compreensão do processo de tradução. Ele elucida que o linguista está obrigado a conhecer o maior número possível de línguas a fim de estabelecer comparações para se descobrir o que há de universal nelas. A importância do conhecimento de outras línguas reflete-se também na tradução, já que Mounin afirma que, “[...] pelo menos desde Schleicher, é possível traduzir porque é possível aprender uma língua estrangeira, e é possível aprender uma língua estrangeira porque [ou, visto como] foi possível aprender uma língua primeira” (1975, p. 168 apud OTTONI, 1997, p. 136). Do ponto de vista de Ottoni (1997, p. 133), “A ciência linguística parte da postura do tradutor

NA LITERATURA

Antônio Caetano Cely Pereira Sabendo que o estruturalismo pode apresentar-se sob diversas disciplinas, tais como Antropologia, Sociologia, Psicologia, Literatura entre outras áreas das Ciências Humanas, o seu conceito é suscetível à mutabilidade. O linguista Ferdinand de Saussure, precursor do estruturalismo, em seu Curso de Linguística Geral, expõe a linguagem como um sistema de signos e elabora também dicotomias para explicação do funcionamento desse sistema: langue e parole; sincronia e diacronia; paradigma e sintagma; forma e substância; significado e significante; motivado e arbitrário. Devido, então, à natureza dos estudos de Saussure, passou-se a analisar a literatura de maneira sistematizada, separando significante do significado, pois o significado reflete uma percepção mais privada, influenciada pelo mundo exterior, o que levaria os estudos literários a serem vítimas de uma análise confusa, de cunho pessoal, complicando assim seu entendimento, ou seja, a mesma posição de Saus

NA ANTROPOLOGIA

Isadora Matos Letícia Carvalho Pensar o Estruturalismo é, necessariamente, pensar áreas diversas das ciências humanas do séc. XX. A associação imediata a F. de Saussure (1857 – 1913) e ao seu póstumo livro Curso de Linguística Geral – que aqui comemora seu centenário – é imediata, devido à forte influência de seus fundamentos teóricos e pelo título de inaugurador do pensamento estruturalista que o suíço carrega. O linguista articula novidades no que se entende por linguagem, recusa o seu entendimento como uma lista de palavras que nomeiam as coisas do mundo, os fortes aspectos históricos dos estudos de filologia comparada da época e apresenta a langue como fato social, um sistema de signos que consiste na dicotomia indissociável significante (materialidade acústica) e significado (conceito), sistema este que deve também ser investigado como social e de forma sincrônica. O estabelecimento das dicotomias, langue/parole, sincronia/diacronia, eixo paradigmático/eixo sintagmático e signific

CURSO DE LINGUÍSTICA GERAL: GÊNESE E LEGADO

  Gabriel Amorim Não é possível pensar na Linguística como ela é hoje sem pensar no genebrino Ferdinand de Saussure (1857-1913), cuja reflexão e elaboração teórica repercutem mesmo cem anos após sua principal publicação, obra póstuma atribuída a ele por seus organizadores-redatores – Albert Sechehaye (1870-1946) e Charles Bally (1865-1947), com a colaboração de Albert Riedlinger (1865-1947). Publicada em Paris, em maio de 1916, pela editora Payot, o Cours de Linguistique Générale (Curso de Linguística Geral/CLG), é o resultado da compilação das anotações dos estudantes que frequentaram os três cursos de Linguística Geral, ministradas por Saussure na Universidade de Genebra, entre 1907 e 1911. A obra traz o projeto inovador dos cursos do linguista, novidade que, no futuro, rompe com a linguística histórico-comparativa e é o primeiro passo do estruturalismo. Apesar de “Linguística Geral” retomar “o nome administrativo do curso genebrino”, Simon Bouquet e Rudoulf Engler, no prefácio do li