NAS TEORIAS SOBRE TRADUÇÃO





Hilário Zeferino
Laércio Morais


Com a fundamentação da linguística, houve uma colaboração indireta para teorias relacionadas à tradução. O objeto de estudo da linguística estruturalista, langue, é proposto por Saussure (1916) como o produto social depositado no cérebro de cada um.
O conceito de língua é o pressuposto mínimo para a compreensão do processo de tradução. Ele elucida que o linguista está obrigado a conhecer o maior número possível de línguas a fim de estabelecer comparações para se descobrir o que há de universal nelas. A importância do conhecimento de outras línguas reflete-se também na tradução, já que Mounin afirma que, “[...] pelo menos desde Schleicher, é possível traduzir porque é possível aprender uma língua estrangeira, e é possível aprender uma língua estrangeira porque [ou, visto como] foi possível aprender uma língua primeira” (1975, p. 168 apud OTTONI, 1997, p. 136). Do ponto de vista de Ottoni (1997, p. 133), “A ciência linguística parte da postura do tradutor como um transportador de significados estáveis de um sistema – de uma língua – para outro, aquele que vai transportar significados entre dois sistemas fechados e diferentes entre si.”. Segundo Eugene A. Nida (1991), características distintivas das línguas de partida e de chegada interessaram estudiosos como Sapir, Bloomfield, Trubetskoy e Jakobson, que estabeleceram os alicerces para um estudo sistemático de funções da língua. “[...] Vários livros sobre o processo tradutório foram escritos, cujo objetivo primário era estabelecer relações entre as línguas. Desses livros, alguns dos mais importantes foram publicados por Vinay e Darbelnet (1958), Nida (1964), Catford (1965), Tatilon (1986), Larson (1984) e Malone (1988).” (NIDA, 1991, p. 23).

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