Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2015

Sociolinguística

Imagem
A Sociolinguística Variacionista, conhecida também como Teoria da Variação e Mudança, surge a partir dos estudos de Labov e dos postulados de Weinreich, Labov e Herzog (1968), com o objetivo de descrever a variação e a mudança linguística, levando em conta o contexto social de produção, observando o uso da língua dentro da comunidade de fala e utilizando um modo de análise quantitativa dos dados obtidos, baseada na fala espontânea dos indivíduos, ou seja, do vernáculo. A Sociolinguística estuda os padrões de comportamento linguístico que são observados dentro de uma comunidade de fala e os formaliza analiticamente através de um sistema heterogêneo, constituído por unidades e regras variáveis. Os sociolinguistas são aqueles indivíduos que entendem a língua como um veículo de comunicação e expressão entre indivíduos da espécie humana. Willian Labov insistiu na relação entre língua e sociedade e na possibilidade de sistematizar a variação própria da língua falada. Para que haja uma melhor

Cognitivismo

Imagem
Sucessora do gerativismo na linha cronológica das correntes linguísticas, a linguística cognitiva desconstrói as ideias de autonomia da estrutura interna da língua (predicada pelo estruturalismo de Saussure) e da faculdade da linguagem (apresentada por Noam Chomsky) como “órgão” autônomo no ser humano e propõe um sistema linguístico no qual a língua não pode ser compreendida simplesmente como um instrumento de comunicação e representação das imagens (acústicas) do mundo. A língua é dinâmica e se relaciona com o que a circunda e imerge: sentimentos, contextos socioculturais, aspectos, espaço, tempo, dentre outros elementos. O termo linguística cognitiva começou a aparecer no âmbito dos estudos linguísticos nos anos 1960, mas foi na década de 1980, mais precisamente, que este termo passou a ser considerado propriamente uma corrente linguística, por conta de um grupo de estudiosos dos Estados Unidos, dentre eles, George Lakoff, Ronald Langacker, Leonard Talmy, Charles Fillmore e Gilles F

O gerativismo e suas facetas

Imagem
Como fazemos? A única resposta parece ser que cada um de nós tem um grande sistema computacional interno que nos leva a esses resultados específicos.  (CHOMSKY, 2012, tradução nossa) Um dos mais importantes ativistas políticos do contemporâneo, anarcossindicalista e social libertário, Avram Noam Chomsky, é, também, criador das Teorias da Gramática Gerativa Transformacional, que compartilha interesses com teorias da psicologia e da matemática, umas das correntes teóricas fundamentais da linguística e ainda muito reconhecida e estudada em tempos atuais. Chomsky nasceu na Filadélfia, em 7 de dezembro de 1928, (87 anos) e é atualmente professor emérito no Massachussets Institute of Technology (MIT). A princípio, Chomsky inicia seus estudos criticando os fundamentos epistemológicos da Teoria behaviorista de Bloomfield, e já no seu primeiro livro Estruturas Sintáticas , escrito em 1957, Chomsky discute dois conceitos importantes para teoria gerativa: gramaticalidade e criatividade, "tod

O Estruturalismo

Imagem
O estruturalismo é uma teoria linguística que surge no início do século XX, a partir da publicação do célebre Cours de Linguistique Générale (1916), de Ferdinand de Saussure. Tal livro é, na verdade, um recorte de notas das aulas lecionadas por Saussure no período de 1907-1911, na Universidade de Genebra, trabalho organizado por dois de seus alunos e publicado três anos após a sua morte.  É no Curso que se tornam públicas as ideias de Saussure, precursor do estruturalismo, que defendia a hipótese de que a língua funcionava como um sistema, um todo coerente e organizado. Para o estudo efetivo dessa língua, era preciso, portanto, uma análise detalhada de como o sistema se estrutura, revelando assim as unidades mínimas constituintes desse todo. Tais pensamentos sustentam o desenvolvimento da linguística estrutural no século XX. A corrente estruturalista entende a língua como um sistema articulado e homogêneo, onde existem elementos coesos e inter-relacionados que funcionam a partir de u

Os Neogramáticos

Imagem
C onsidera-se o ano de 1878, a partir da publicação do prefácio da revista Morphologischen Untersuchungen , escrito por Hermann Ostoff e Karl Brugmann, como o início do movimento neogramático. Um dos seus principais representantes foi Hermann Paul, responsável por publicar o Prinzipier der Sprachgeschichte (1880), também conhecido como manual dos neogramáticos. (MATTOS E SILVA, 2008) A teoria neogramática possuía como principal postulado o de que as mudanças sonoras ocorriam através de um processo regular, as chamadas leis fonéticas. Outro conceito muito difundido nessa teoria é o da analogia, considerado capaz de impedir o funcionamento das leis fonéticas, uma vez que considerava que a mente humana podia interferir na mudança linguística, contrariando o padrão regular acima mencionado. É importante deixar claro que essa teoria já se encontra bastante defasada por se pautar em algumas bases consideradas obsoletas, como as que veremos a seguir, e pelo avanço concernente às teorias que

Um rolê pela linguística

Imagem
A linguística é comumente conceituada como a ciência que estuda a linguagem. Nesse mural, propõe-se realizar uma  abordagem acerca das principais vertentes linguísticas e, dessa forma, os petianos procuram fazer um percurso cronológico "um rolê pela linguística", destacando os principais fundamentos teóricos de cada movimento. Neogramáticos Estruturalismo Gerativismo Sociolinguística Cognitivismo