C onsidera-se o ano de 1878, a partir da publicação do prefácio da revista Morphologischen Untersuchungen , escrito por Hermann Ostoff e Karl Brugmann, como o início do movimento neogramático. Um dos seus principais representantes foi Hermann Paul, responsável por publicar o Prinzipier der Sprachgeschichte (1880), também conhecido como manual dos neogramáticos. (MATTOS E SILVA, 2008) A teoria neogramática possuía como principal postulado o de que as mudanças sonoras ocorriam através de um processo regular, as chamadas leis fonéticas. Outro conceito muito difundido nessa teoria é o da analogia, considerado capaz de impedir o funcionamento das leis fonéticas, uma vez que considerava que a mente humana podia interferir na mudança linguística, contrariando o padrão regular acima mencionado. É importante deixar claro que essa teoria já se encontra bastante defasada por se pautar em algumas bases consideradas obsoletas, como as que veremos a seguir, e pelo avanço concernente às teorias que
O romance Little Children [1] (2005), do autor estadunidense Tom Perrotta, acompanha a vida suburbana de alguns integrantes de uma cidade fictícia. Semelhante a outras narrativas do final do século XX e início dos anos 2000, como American Beauty (1999), Perrotta procura deixar à mostra as rachaduras do american lifestyle , apresentando personagens entediados, tradicionalistas e impulsivos que, como o título do romance indica, comportam-se como crianças/adolescentes. Em um ambiente suburbano e em pleno verão, os personagens de Little Children são caracterizados como pais e mães de pequenas crianças que não estão em uma situação de emprego formal, já que se dedicam aos cuidados da casa e dos filhos e que muitas vezes se sentem insatisfeitos e entediados. Esses donos e donas de casa encontram-se nos parques e na piscina pública da cidade: ambientes relacionados, principalmente, ao mundo infanto-juvenil. Em um dos parques da cidade, Sarah e Todd, ambos insatisfeitos com o momento de sua
Por Cristovão Mascarenhas A noção de literatura surda começou a circular em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, principalmente onde havia escola de surdos. Em 1864, foi fundada a Universidade Gallaudete, em Washington. E, a partir daí, os sujeitos surdos e acadêmicos da área foram formando um conceito de literatura surda, transmitindo-o para a comunidade surda local e integrando-o à cultura e construção da identidade surda desse povo. Nesse sentido, o objetivo deste texto é refletir, ainda que de forma superficial, a história da literatura surda, observando as manifestações das produções culturais dos surdos em obras que são contadas em Libras. A literatura surda pode ser compreendida como pertencente ao que se identifica como cultura surda. Segundo Wrigley (1996), apud Mourão (2011), o traço significante que define a cultura surda é o uso de uma língua de sinais, ou seja, uma língua compartilhada em uma comunidade de pessoas surdas, sendo que essa cultu
Comentários
Postar um comentário