Charges.com.br - 10/05/2011
Charges.com.br é uma página de charges em formato de vídeo, de autoria de Maurício Ricardo. No dia 10 de maio deste ano, a página fez uma charge sobre o ensino público no Brasil, sobre a qual me dedico a falar nesta postagem:
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A charge ilustra uma situação que, para os alunos, é atípica na escola: um momento de sair da sala e, também, uma professora criativa, que procura lidar com as dificuldades e limitações da instituição em que trabalha da melhor maneira possível. Entre os procedimentos de ensino-aprendizagem mais estabelecidos e já trabalhados na escola, temos:
Individualizantes - pressupõem a interação de cada aluno com o professor:
- Aula expositiva
- Estudo dirigido
- Método Montessori**
- Centros de Interesse**
Socializantes - pressupõem a interação de cada aluno com seus colegas:
- Jogos
- Dramatizações
- Trabalhos em grupo
- Estudos de caso
- Estudos do meio
Na referida charge, o procedimento escolhido pela professora foi este último, o estudo do meio, chamado por ela de aula de campo. Esse procedimento tem por objetivo o aprendizado do aluno através do conhecimento da realidade em que ele vive diariamente. Sua grande vantagem é que permite aos alunos uma interação maior com o ambiente escolar. No caso da charge em questão, ainda propcia ao aluno uma visão crítica sobre a situação defasada do sistema de ensino em que ele vive.
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Em minha vida enquanto estudante e minha carreira que se inicia como professor, o estudo do meio é o procedimento que tem a menor preferência entre os professores. Não sei se o que Maurício Ricardo e/ou sua equipe já discutiram sobre a práxis pedagógica, mas é certo que construíram um bom exemplo de profissional da educação.
É certo que devemos ter, também, algum cuidado com a charge. Nem toda escola pública é sucateada; nem toda escola pública vive em más condições de higiene; nem toda escola pública se localiza num bairro violento - a menos que consideremos que, nos dias de hoje, nas cidades, todo bairro é violento - ou tem a violência como uma marca e um perigo eminente no seu cotidiano materializado em seus alunos. Sempre é bom lembrar que a charge é um gênero textual marcado pelo exagero e que não devemos nos deixar levar pelos pré-conceitos que podem nos suscitar. Mas destaco, aqui, o profissional que também não é de toda escola pública: uma professora que lida com as limitações de seu ambiente de trabalho, de maneira criativa, escolhendo um procedimento de ensino-aprendizagem de grande valia.
*Por: Arthur Vargens
É certo que devemos ter, também, algum cuidado com a charge. Nem toda escola pública é sucateada; nem toda escola pública vive em más condições de higiene; nem toda escola pública se localiza num bairro violento - a menos que consideremos que, nos dias de hoje, nas cidades, todo bairro é violento - ou tem a violência como uma marca e um perigo eminente no seu cotidiano materializado em seus alunos. Sempre é bom lembrar que a charge é um gênero textual marcado pelo exagero e que não devemos nos deixar levar pelos pré-conceitos que podem nos suscitar. Mas destaco, aqui, o profissional que também não é de toda escola pública: uma professora que lida com as limitações de seu ambiente de trabalho, de maneira criativa, escolhendo um procedimento de ensino-aprendizagem de grande valia.
*Por: Arthur Vargens
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**Não há um método específico e definido para esses dois procedimentos, mas eles se constroem dentro dos pressupostos que cada um deles tem - liberdade, atividade, vitalidade e individualidade no caso de Montessori; e o desejo do aluno no caso do Centro de Interesse. Mais informações, consulte Wikipedia ou os linques abaixo:
- Método Montessori: Pedagogia em foco | Educ@ | Google books
- Centros de Interesse: Pedagogia-UFRGS | Educar para crescer | Pead.Faced-UFRGS
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