Como fazer um plano de aula
Fazer um plano de aula parece ser o mistério dos mistérios para alguns licenciandos e tem causado alguns desesperos. Todo esse desespero centra-se, em verdade, numa falta de compreensão do gênero plano de aula; ou seja: como construir esse texto?
O primeiro passo para se construir um plano de aula é saber que ele é feito para o outro, não para mim, eu, professor que já planejei minha aula. Eu já sei o que pretendo; já sei o que fazer e como fazer; sei me orientar dentro de meu planejamento, não preciso aprender a construir um texto para isso. Os planos de aula são feitos para o outro. São pedidos em seleções para contratação de professores, em planos de estágio supervisionado, ou, ainda, para que um outro possa acompanhar uma aula ou até ministrá-la.
Sabendo disso, o próximo passo é colocar a mão na massa e começar a escrever o plano, de modo que ele fique claro para quem vai ler. Para que aquele que vai ler saiba exatamente o que se pretende fazer na aula planejada. Com detalhes. Há uma divisão didática para o texto, já estabelecida e mais ou menos compartilhada por todos no mundo da educação. Há, também, algumas regras pré-estabelecidas. Então, o texto do plano deve conter:
- Cabeçalho com informações sobre a aula: duração, turma, disciplina, data e instituição de ensino. A depender da situação, outras informações serão exigidas.
- Assunto central da aula. Sempre com o nome do assunto, sem discorrer muito: Teorema de Pitágoras ou Revolução Russa ou Figuras de Linguagem ou Hidrografia.
- Que aprendizados o aluno vai construir com a aula. Essa parte do plano é sempre chamada de objetivos ou objetivos específicos. Deve ser topicalizada. Muito recomendado que se comece com verbos no infinitivo e que se evite verbos pouco concretos como "pensar", "imaginar", "refletir". Nunca devemos usar o verbo "aprender"
- O passo a passo da aula. Pode ser chamado de seqüência didática, metodologia, desenvolvimento, entre outros. Também deve ser topicalizado. Detalhamento máximo, contendo, inclusive, perguntas que se pretende fazer, observações e, sempre que possível, o que se espera com cada passo da aula. Recomenda-se dizer cada passo com substantivos.
- O passo a passo da aula. Pode ser chamado de seqüência didática, metodologia, desenvolvimento, entre outros. Também deve ser topicalizado. Detalhamento máximo, contendo, inclusive, perguntas que se pretende fazer, observações e, sempre que possível, o que se espera com cada passo da aula. Recomenda-se dizer cada passo com substantivos.
- A forma como o assunto será checado dos alunos. Pode ser chamado de avaliação ou diagnóstico.
- Referências (para alguns, Bibliografia)
Há também os anexos. Deve-se anexar todos os materiais didáticos - entenda-se textos orais ou escritos, cm suas respectivas fontes - que serão utilizados na aula. Se há perguntas sobre compreensão de textos, elas também devem ser anexadas, de preferência com as respostas do professor ou com um explicativo sobre aonde pretende-se chegar com aquelas perguntas.
Essa é a ordem mais comum, mas existem modelos diferentes. Pode haver planos de aula que fujam desse padrão, mas sempre combinado entre quem faz o plano e quem o lê e avalia. Há um tópico opcional que pode ser criado, chamado tema transversal, no qual se pretende discutir, atingir ou refletir sobre algum assunto que não está diretamente ligado ao assunto central da aula, mas onde também se chega.
*Por: Arthur Vargens
Essa é a ordem mais comum, mas existem modelos diferentes. Pode haver planos de aula que fujam desse padrão, mas sempre combinado entre quem faz o plano e quem o lê e avalia. Há um tópico opcional que pode ser criado, chamado tema transversal, no qual se pretende discutir, atingir ou refletir sobre algum assunto que não está diretamente ligado ao assunto central da aula, mas onde também se chega.
*Por: Arthur Vargens
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